Orientações Neurológicas

Informações importantes para sua saúde neurológica - Neurologista em São Paulo

Orientações Após AVC

Ter um Acidente Vascular Cerebral (AVC) é um evento marcante na vida de qualquer pessoa. A recuperação exige cuidados contínuos e acompanhamento médico regular. Abaixo estão orientações importantes para ajudar pacientes e familiares nesse processo.

Acompanhamento Médico

O acompanhamento com neurologista e outros profissionais (cardiologista, fisiatra, fonoaudiólogo, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional) é fundamental. As consultas ajudam a ajustar medicamentos, monitorar a evolução e prevenir novos eventos.

Uso Correto das Medicações

Os remédios têm papel central na recuperação e prevenção:

  • Tome as medicações exatamente como prescritas
  • Não interrompa nem altere doses por conta própria
  • Informe o médico sobre efeitos colaterais

Controle de Fatores de Risco

A maior parte dos AVCs pode ser evitada. Atenção especial a:

  • Pressão alta
  • Diabetes
  • Colesterol elevado
  • Arritmias, como fibrilação atrial
  • Tabagismo
  • Sedentarismo

Reabilitação Precoce

A recuperação neurológica é maior nos primeiros meses. A reabilitação deve incluir:

  • Fisioterapia motora
  • Terapia ocupacional
  • Fonoaudiologia (fala e deglutição)
  • Reabilitação cognitiva

Cada plano é individualizado conforme os déficits apresentados.

Alimentação e Estilo de Vida

Mudanças são tão importantes quanto os medicamentos:

  • Alimentação equilibrada, com menos sal e gorduras
  • Controle do peso
  • Evitar álcool em excesso
  • Suspender totalmente o cigarro
  • Prática regular de atividade física (orientada)

Apoio Emocional

É comum apresentar ansiedade, tristeza, irritabilidade ou alterações de memória após um AVC. Procurar apoio psicológico e envolver a família facilita a recuperação e melhora a qualidade de vida.

Sinais de Alerta - Procure Atendimento IMEDIATAMENTE

Esses podem ser sinais de um novo AVC, e tempo é fundamental:

Fraqueza ou dormência em um lado do corpo
Dificuldade súbita para falar ou entender
Perda de visão
Tontura intensa ou perda de equilíbrio
Dor de cabeça muito forte e diferente das habituais

Diplopia (Visão Dupla)

A diplopia, conhecida como visão dupla, é a percepção de duas imagens de um mesmo objeto. Ela pode surgir de forma repentina ou progressiva e merece sempre atenção, especialmente quando é um sintoma novo.

O que é diplopia?

A diplopia ocorre quando os olhos deixam de se alinhar corretamente, fazendo com que o cérebro receba imagens diferentes de cada olho. Isso pode acontecer por alterações nos músculos oculares, nos nervos que controlam esses músculos ou por outros problemas neurológicos.

Diplopia Monocular

Persiste mesmo quando um dos olhos é tampado. Geralmente está relacionada a problemas no próprio olho (córnea, cristalino, retina).

Especialista: Oftalmologista

Diplopia Binocular

Desaparece quando um dos olhos é fechado. Costuma indicar desalinhamento ocular e tem causas neurológicas ou musculares.

Especialista: Neurologista

Possíveis Causas

Paralisia de nervos oculomotores
Alterações musculares (miastenia gravis)
Diabetes e hipertensão
Traumas
Alterações vasculares (aneurismas, AVC)
Distúrbios da tireoide
Complicações infecciosas
Processos inflamatórios

Quando Procurar Atendimento Médico

Procure um neurologista ou pronto atendimento se houver:

Início súbito de visão dupla
Dor de cabeça intensa
Queda de pálpebra
Alterações na fala ou equilíbrio
Dormência ou fraqueza em um lado
Febre ou sintomas de infecção

Como é feita a avaliação?

1

Identificação do Tipo

Determinar se é diplopia monocular ou binocular

2

Exame Físico

Avaliação do movimento e alinhamento ocular

3

Exame Neurológico

Avaliação neurológica completa e história clínica

4

Exames Complementares

Ressonância magnética, exames de sangue, avaliação oftalmológica

Tratamento e Prognóstico

O tratamento depende da causa e pode incluir correção de fatores como diabetes e hipertensão, uso temporário de tampão ocular, ou tratamento específico para doenças neurológicas ou musculares.

Boa notícia: Muitas causas têm boa recuperação, especialmente quando tratadas precocemente.

Como Fazer um Diário de Cefaleia

Manter um diário de cefaleia é uma das ferramentas mais importantes para entender o padrão das dores de cabeça, identificar gatilhos e ajustar o tratamento. Ele ajuda tanto o paciente quanto o neurologista a acompanhar a evolução da dor ao longo do tempo.

Para que serve um diário de cefaleia?

Identificar Tipos

Reconhecer enxaqueca, tensional, cefaleia crônica

Encontrar Gatilhos

Descobrir o que desencadeia suas crises

Avaliar Tratamento

Verificar se medicações estão funcionando

Monitorar Evolução

Acompanhar frequência e intensidade

Prevenir Abuso

Evitar uso excessivo de medicações

O que registrar no diário

Timing

  • Data e horário de início
  • Duração da crise

Intensidade

  • Leve, moderada ou forte
  • Localização da dor

Sintomas

  • Náuseas, sensibilidade
  • Tontura, visão turva, aura

Gatilhos

  • Estresse, jejum, sono
  • Menstruação, clima

Medicações

  • Remédios utilizados
  • Efeito que tiveram

Impacto

  • Atividades impedidas
  • Trabalho, estudo
Dica: Preencha o diário no momento da crise ou logo após para maior precisão.

Por quanto tempo registrar?

2-3 Meses

Período recomendado para identificar padrões

Continuidade

Pacientes com crises frequentes podem estender

Aplicativos Recomendados

Diário da Cefaleia

Em Português

Interface simples em português. Permite registrar crises facilmente e exportar dados.

Simples Português

Bearable

Holístico

Acompanha cefaleia junto com sono, humor e outros fatores que influenciam a dor.

Sono Humor Integrado

Todos podem ser usados gratuitamente, com funções opcionais pagas.

A importância de levar o diário às consultas

Apresentar o diário ao neurologista ajuda a direcionar o tratamento, identificar abuso de analgésicos, avaliar resposta às medicações profiláticas e ajustar condutas de forma personalizada.

Sobre a Dra. Aline
Especialista em Distúrbios do Movimento CRM-SP 215801 | RQE 137189 “Melhorar a qualidade de vida com acolhimento, empatia e embasamento científico. Essa é a base do meu trabalho como neurologista, com atuação especializada em Distúrbios do Movimento, Doença de Parkinson, Tremores e Distonias.

Meu compromisso é oferecer um atendimento técnico, atualizado e, ao mesmo tempo, humano — focado tanto na doença e no controle dos sintomas, quanto no paciente como um todo.”